DIOGO MENDES

Diogo Mendes é guitarrista, produtor e compositor português, um dos mais promissores guitarristas de Guitarra Portuguesa ao estilo de Coimbra.

Herdou o gosto pela música do pai, que tocava Guitarra Eléctrica em várias bandas amadoras. Depressa pôs mãos à obra e aos 9 anos começou a aprender: primeiro, Guitarra Clássica, depois Guitarra Eléctrica. Mal sabia que, mais tarde, ia trocar o rock pelo Fado e a Guitarra Eléctrica pela Portuguesa.

Em 2011 deixa a vila de Tábua, de onde é natural, e começa a sua vida académica na Universidade de Coimbra. Por lá, juntou-se à Estudantina Universitária de Coimbra e aí descobriu a sua paixão pelo Fado e pela Canção de Coimbra. Começou a aprender Guitarra Portuguesa na Secção de Fado da Associação Académica, da qual se tornou vice-presidente em 2014 e presidente em 2015. Com a Estudantina correu o país em concertos e fez digressões a Espanha, ao Canadá e à Madeira, além de ter ganho vários Festivais de Tunas. Fez ainda parte da gravação do DVD Concerto para Coimbra, que se encontra disponível no Youtube.

Foi com grandes mestres que aprendeu a arte da Guitarra Portuguesa. Entre eles destacam-se Manuel Coroa, Ricardo Silva, Paulo Soares, Luís Marques, Ricardo Dias, Ricardo Gordo, Custódio Castelo, Bernardo Couto, António Parreira e Hugo Vasco Reis.
 

Entretanto, ainda em 2014, formou o Grupo de Fado Amanhecer juntamente com alguns amigos. Com este grupo deu concertos um pouco por todo o país, assim como em vários momentos académicos como a Serenata da Festa das Latas e Imposição de Insígnias e a Serenata Monumental da Queima das Fitas em Coimbra, mas também no Porto, em Lisboa e em Castelo Branco.

Em 2015, marcou presença no MRF Music Festival, um festival Internacional de coros e orquestras em Paris, como artista convidado do Coro Misto da Sociedade Filarmónica Lousanense.

O percurso académico acabou, mas isso não significou o fim dos Amanhecer. Muito pelo contrário: em Setembro de 2016 lançam o primeiro álbum num concerto com lotação esgotada no Auditório do Conservatório de Música da cidade que dá nome ao disco. Balada a Coimbra – que já vendeu mais de 1500 unidades – está também disponível em todas as plataformas digitais e no YouTube, bem como outros videoclipes do grupo. A TSF, a Rádio Foz do Mondego e a Televisão da Associação Académica de Coimbra foram alguns dos meios que entrevistaram o grupo aquando do lançamento do álbum.

As casas de fado conimbricenses fizeram também parte da sua vida. Tocou na aCapella, na Fado ao Centro, na República da Saudade, na Santa Cruz, na Quebra Galho e na Fado Hilário. Nesta última, que acompanhou de perto desde a abertura, integrou, em 2017, o projecto “Coimbra é uma Mulher”, que tem como objectivo promover o Fado e Canção de Coimbra no feminino.

 

Destaque também para a iniciativa “Canção, Cante e Património”, integrada no festival Correntes de Um Só Rio de 2018. Juntou em palco o Fado Hilário, a representar o Fado de Coimbra, e os Alentejo Cantado, como símbolo do Cante Alentejano, reconhecido pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade, sendo o objectivo que olhassem também para a Canção de Coimbra como potencial património. O momento foi registado pela RTP1.

Além da sua actividade como artista, ensina Guitarra Portuguesa desde 2014. Hoje tem a Escola de Fado de Coimbra, que conta desde 2018 com um espaço físico mas mantém, paralelamente, a vertente online, com um Curso de Iniciação à Guitarra
Portuguesa. Partilha também tudo o que aprendeu no canal de YouTube da Escola de Fado de Coimbra, onde ensina gratuitamente peças instrumentais, Fados de Coimbra e várias técnicas. A vontade de aprender mais sobre música e sobre a indústria musical, bem como de estudar como se ensina um instrumento musical, fez com que marcasse presença no congresso Guitar Teaching Super Summit International, que aconteceu em 2018 nos Estados Unidos da América.

O Coliseu dos Recreios e a Aula Magna, em Lisboa, o Casino do Estoril, o Coliseu do Porto, o Casino da Figueira da Foz, o Teatro Sá da Bandeira, também na cidade Invicta, o Theatro Circo em Braga, o Teatro Municipal Sá de Miranda em Viana do Castelo, o Convento São Francisco e o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, são alguns dos palcos onde actuou durante o seu percurso, quer com os grupos já referidos, quer a acompanhar artistas como Vitorino e Janita Salomé, João Farinha, Alentejo Cantado, Sérgio Pereira ou António Ataíde.

É este percurso que vai encontrar resumido neste primeiro disco, com a Guitarra Portuguesa de Diogo Mendes, sempre acompanhada pela viola de Fado do seu colega e amigo de longa data João Ferreira. Mas há mais. Pode contar com convidados das várias etapas da sua vida, como a Estudantina, os Amanhecer, os Alentejo Cantado, Luís Peixoto, os guitarristas Ricardo Silva e Ricardo Araújo, os cantores Tiago Nogueira e Ricardo Liz (d’Os Quatro e Meia), Mafalda Duarte, Sérgio Pereira e a ex-concorrente do The Voice, Soraia Cardoso.

Quanto ao futuro, o maior desejo é continuar, não só em Portugal como também internacionalmente, a promover a Guitarra Portuguesa, o Fado e a Canção de Coimbra.